quinta-feira, 29 de outubro de 2009

São Paulo 1x0 Internacional - Algumas considerações


Um show de passes errados no Morumbi, um erro inicial de Ricardo Gomes (corrigido infelizmente pelo destino) e um gol. No jogo dos dois melhores elencos do Brasil (elencos, não times, pois hoje, pra mim, o melhor time chama-se Clube Atlético Mineiro), o que se viu foi uma sucessão de erros de passes. Algo que eu acho inadmissível, primeiro pela qualidade dos atletas envolvidos no confronto, e segundo, pelo tamanho do campo do Morumbi. Claro que entra o lado psicológico dos jogadores, a pressão para conquistar a liderança. Mas tanto São Paulo quanto Internacional possuem jogadores experientes, portanto o erro de passe não pode ser justificado pelo lado emocional dos atletas. Passe é fundamento básico do futebol, chega a ser revoltante ver jogadores profissionais errarem passes de 10 metros, ainda mais em gramados como o do Morumbi, Mineirão e Maracanã.

Quem falou com o Ricardo Gomes que o Richarlyson é lateral esquerdo? A queda de rendimento do Richarlyson foi gritante quando ele foi deslocado para esse setor, principalmente quando ele foi convocado para a Seleção Brasileira. O que significa que quem "estragou" o futebol do melhor volante do Brasileirão 2007, foi seu próprio "criador": Muricy Ramalho. Mas aí já é outra questão... Mas pra "sorte" do São Paulo, Richarlyson saiu machucado, dando lugar ao Júnior César. A partir daí, o meio tricolor voltou a funcionar (apesar dos erros de passes).

Apesar da boa fase do Richarlyson, acredito que a manutenção do Jean no meio e do González na lateral direita dá mais opções ofensivas pra equipe, sem perder a força de marcação no meio, pois Jean marca tão bem (ou até melhor) quanto o Richarlyson, mas com a vantagem de errar menos passes e de ter mais uma alternativa ofensiva, pois Jean tem melhorado muito seus chutes de longa distância. Ah, um fato curioso: o gol mais bonito de toda a rodada, não valeu! Após uma falta do Hernanes na intermediaria colorada, Jean soltou uma bomba e a bola balançou as redes! O Lauro se esticou, mas a bola foi realmente indefensável! Pena que o lance estava parado, pois seria um lindo gol!

O gol do jogo surgiu num lance de escanteio, no último lance do primeiro tempo. Puro oportunismo de Washington, que aproveitou um vacilo da zaga colorada para abrir o placar. É incrível como um time como o Inter, toma um gol de escanteio cobrado por baixo. Falha da zaga e mérito de Washington que estava na hora certa e lugar certo!

No segundo tempo, foi pressão do Internacional. Mario Sérgio congestionou o meio campo com jogadores habilidosos, mas o time só jogava de uma única maneira: bolas na área. Com um único atacante fixo (Alecsandro), sempre bem marcado pela alta defesa tricolor, ficou difícil qualquer reação do time gaúcho. Pra melhorar a marcação, Ricardo Gomes tirou Adrian González e colocou Zé Luis.

Mas ainda não entendo a substituição de Dagoberto por Hugo... Não entendo o que os treinadores veem no Hugo... Mas o objetivo foi concluído e o São Paulo está na liderança provisória do campeonato. Por quanto tempo, só o término da rodada de hoje vai dizer, mas, apesar de todo equilíbrio deste campeonato, ainda acho o Atlético o time mais preparado para levar a taça.

Ah, não posso deixar de ressaltar uma coisa: grande partida do Bosco!

Abraço a todos!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

É Muricy???


Durante 3 anos, os São Paulinos acostumaram-se a gritar "É Muricy!" antes de cada partida. No início, era uma forma de demonstrar apoio ao novo técnico. Mas, com o passar dos tempos e com a queda de rendimento do time, parece que a saudação passou a ser uma espécie de agradecimento aos títulos conquistados.

Mas no Palmeiras a história tende a ser diferente. Apesar de permanecer na liderança do campeonato, a torcida palmeirense viu o time cair muito de produção. Dos últimos 12 pontos disputados, a equipe alvi-verde conseguiu apenas 1. Muito pouco pra um time que pretende ser campeão brasileiro.

Hoje, o Palmeiras tem a cara de seu técnico. Mas pra um time ser "Muricyano" e conseguir se manter competitivo, ele tem que ter peças defensivas um pouco acima da média. Não adianta você querer jogar chamando o adversário para o seu campo e sair no contra-ataque, sendo que sua defesa não inspira confiança. Não dá certo! Muricy Ramalho não tem mais aquele super sistema defensivo com Miranda, André Dias, Alex Silva, Breno, Josué, Mineiro, Richarlyson e Hernanes. Seu melhor marcador (Pierre) está machucado e não venham me falar que Edmilson e Souza vão suprir essa carência, que não vão! A diferença de qualidade na marcação é enorme.

Ontem, o Palmeiras até surpreendeu e entrou no 4-3-1-2, com Clayton Xavier fazendo a função de 2º volante, carregando a bola da intermediaria defensiva para o ataque, enquanto Edmilson e Souza ficavam na marcação na frente da zaga. Com a saída de Clayton Xavier, o Palmeiras perdeu o seu real meia de ligação e, com a entrada de Marquinhos, essa função ficou a cargo de Edmilson, que, apesar de esforçado, não tem a mínima técnica para fazer esse serviço.

Os times de Muricy não tem jogadas de linha de fundo, pois os meias não encostam para fazer a tabela. Por isso que, quando Armero conseguia sair da marcação, o cruzamento saia geralmente da intermediaria, facilitando a vida dos defensores.

Portanto, a única forma de tentar o gol seria através de jogadas individuais de Vágner Love e Diego Souza, que desde o início foram muito bem marcados e que, consequentemente, pouco criaram. E aí, o que sobrou? Chutão pra frente e seja o que Deus quiser!

O Santo André teve o mérito de segurar Armero e Figueroa e concluir em gol 2 das chances criadas. Defendeu-se bem e, quando percebeu que o Palmeiras esboçava alguma reação, tirou Marcelinho Carioca e colocou o volante Fernando para melhorar a marcação.

Enfim, a criatura está com a cara do mestre. Porém, as qualidades da criatura não condizem com a forma de jogo preferida do mestre. Será que, ao final do campeonato, a torcida alvi-verde continuará gritando "É Muricy!"?

Abraço a todos!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Histórias...


Como hoje não estou muito inspirado a postar alguma coisa que esteja acontecendo no mundo esportivo, lembrei-me de uma história que gostaria de compartilhar com meus poucos leitores! Foi um dos dias mais legais da minha vida e o dia em que eu realmente bati no peito e disse: Sou tricolor!

Pesquisando pelo site do SPFC, confirmei a data: 24/11/1993.

Era um dia comum para um garoto prestes a fazer 9 anos de idade. Estudava numa escola chamada E. E. Arquiteto Luis Saia, no bairro São Miguel Paulista, Zona Leste de São Paulo/SP. Já me dizia são paulino, pois fui influenciado pelo meu pai, que, desde muito cedo, só me deu bons conselhos! Porém aquele já não era um dia qualquer. São Paulo e Flamengo iriam duelar no estádio do Morumbi pela disputa da Taça da Supercopa. Segunda partida. O primeiro jogo foi disputado no Maracanã e terminou 2x2. Portanto, eu já estava com uma certa expectativa de chegar em casa e assistir ao jogo ao lado do meu pai.

Mas aquele não era um dia comum...

Durante a aula, não me lembro de qual matéria, mas com certeza desinteressante, bate na porta aquelas famosas "tias" (não gente, não essas tias que vocês estão pensando!), que quando a gente cresce, aprende que são as supervisoras da escola. A professora autoriza a sua entrada:

- Por favor, o Érico está aí??

Todos olham pra mim e eu levanto a mão...

- Seu pai veio te buscar pra te levar ao médico. Pode pegar suas coisas...

Pensei:

-Pai??? Médico??? Mas eu tô bem!

Olhei pra um amigo com aquela cara de que não está entendendo nada e saí da sala.


Chego na secretaria, encontro meu pai, que imediatamente pega minha mochila, agradece a secretária e sai da escola comigo ao seu lado. Enquanto ele abria a porta do motorista, eu pergunto:

-Pai, pra que você vai me levar no médico?? Eu tô b...

De repente, meu pai joga uma camisa do São Paulo na minha direção e sorrindo, diz:

-Que médico que nada... Nós vamos pro Morumbi!!!

Cara, eu era a felicidade em pessoa!!! De uma aula chata para um carro, com a pessoa que eu mais admiro na vida, em direção ao Morumbi para uma super final contra o Flamengo! Passamos na casa de alguns amigos do meu pai, entre eles um palmeirense, que ficou o jogo todo quietinho e com um certo medo de ser descoberto!

Simplesmente não acreditei quando subimos a escada e chegamos na arquibancada! Aquele estádio lindo, lotado de tricolores apaixonados, transpirando alegria e confiança!!! Pra um garoto de 8 anos de idade, aquilo era o máximo, o auge da alegria, da novidade, da emoção!!

Sendo sincero, naquela idade eu não tinha o mínimo de conhecimento de futebol para trazer aqui grandes informações táticas e técnicas. Mas lembro perfeitamente que o jogo terminou 2x2. Renato Gaúcho abriu o placar pro Flamengo e Leonardo empatou o jogo. Juninho (que posteriormente passou a ser chamado de Juninho Paulista) virou o jogo e, logo em seguida, Marquinhos empatou e levou a partida para as penalidades máximas.

Quem guardava a meta tricolor era, na minha opinião, o melhor goleiro que já vi na vida: Zetti. E após algumas cobranças convertidas por rubro-negros e tricolores, o penâlti seria cobrado por um novo jogador e futuro ídolo da torcida corinthiana: Marcelinho Carioca. Zetti x Marcelinho! Da arquibancada, via aquela cena com ansiedade. Meu time não poderia sair sem o título! Eu não poderia sair do Morumbi sem comemorar a vitória do meu time do coração!

Marcelinho correu, bateu....

Na trave!!!

O Morumbi tremia!!! Eu gritava, pulava!!! Precisávamos de mais um gol! O último antes do tão sonhado grito de campeão! O último chute antes de eu ver o Morumbi em peso gritar de alegria!

Muller pegou a bola e cobrou com a categoria que sempre lhe foi peculiar!

São Paulo! Campeão da Supercopa 1993!

Claro que nenhum daqueles jogadores que estiveram em campo sabem da minha existência! E ninguém no mundo tem idéia do quanto aquele dia foi feliz e especial pra mim! Mas hoje, alguns anos mais velho, reconheço que o maior herói daquela noite não estava em campo. Não foi o Zetti, com suas defesas milagrosas. Também não foi o Juninho, com sua leveza, velocidade e visão de jogo. Também não foi o Muller, que chutou o último penâlti e que tantas outras alegrias deu à torcida tricolor.

O maior herói daquela noite estava ao meu lado!

O maior herói daquela noite SEMPRE esteve ao meu lado!

O maior herói daquela noite foi você, pai!

Abraço a todos!

domingo, 18 de outubro de 2009

Futebol Feminino - Pensando no amanhã


Não, eu não precisei assistir toda a partida entre Santos (BRA) x Universidad Autonoma (PAR), pra saber que o time da Vila conseguiu mais uma vitória e, consequentemente, o título da primeira Taça Libertadores de Futebol Feminino. Os dirigentes santistas fizeram uma grande jogada, trazendo grandes jogadoras e montando um super time, mas... e aí?!

A grande maioria do público que acompanhou as Sereias da Vila esperava ver o show de Marta e Cristiane, show que foi demonstrado com muita maestria não só pelas 2 melhores jogadoras do mundo, mas por todo elenco santista. Vitórias como 12x0, 9x0 só comprovam o quanto essas jogadoras estão num patamar infinitamente superior às atletas dos times adversários. Mas, e se Marta e Cristiane não estivessem em campo, haveria o bom público de aproximadamente 15 mil pessoas e transmissão de tv aberta (Band)? Sinceramente, duvido muito...

Marcelo Teixeira, presidente do Santos Futebol Clube, mostrou as possibilidades existentes para a realização de grandes eventos de futebol feminino. Mostrou para o Brasil que, a longo prazo, o futebol feminino pode tornar-se algo importante (coisa que, infelizmente, ainda não o é) e rentável. Parece que o Santos comprou a idéia, mas e a CBF?

Se a CBF e, até mesmo, o Governo Federal (olha Rio-2016!) começassem a levar o futebol feminino a sério, poderiam criar algum tipo de incentivo a clubes formadores de futebol feminino. Incentivos fiscais, condições dignas de treinamento e jogo, baixos valores de ingressos, diminuição de valores de viagens e hospedagem. A diminuição de custos para essa empreitada seria de extrema serventia, pois ninguém faz grandes investimentos em algo sem grandes garantias de lucro.

A criação de um campeonato nacional de futebol feminino, com as partidas sendo disputadas como preliminar da partida principal, ou seja, do campenato masculino, seria uma grande iniciativa. Imaginem um Corinthians x Palmeiras, Cruzeiro x Atlético, Flamengo x Vasco ou um Inter x Grêmio em dose dupla! Com a ajuda da imprensa, principalmente para divulgação de jogos, tabelas, classificação etc. teríamos, a longo prazo, um campeonato de bom nível técnico, capaz de revelar outras grandes jogadoras e de proporcionar emoções, tal qual os campeonatos masculinos.

Apesar de ser algo muito distante, acredito que o apoio e a união das grandes forças políticas e esportivas como CBF, Governo Federal, clubes e imprensa poderia disceminar a prática profissional do futebol feminino no Brasil. Potencial e talento elas possuem! E isso já foi demonstrado em Olimpíadas, Mundiais e, agora, na Libertadores! Nesse momento, basta os poderosos terem boas idéias e colocarem a mão na massa, até porque, daqui uns anos, a Marta aposenta e aí...

Abraço a todos!

São Paulo 0x1 Atlético Mineiro - Algumas considerações


Foi um bom jogo no Morumbi, principalmente no primeiro tempo. Após o gol de Diego Tardelli, logo no primeiro minuto de jogo, aconteceu o previsível: o São Paulo partiu pra cima; e o Galo, com muita inteligência e eficácia, se defendia e quando encontrava espaço, saia rapidamente pro contra-ataque com Éder Luis, Correia e Tardelli. E quando não encontrava tanto espaço para agredir o adversário, Ricardinho entrava em ação, cadenciando o jogo, tocando a bola e segurando a partida.


Enquanto isso, o São Paulo mantinha maior posse de bola e criou alguns lances de perigo, inclusive com uma bola na trave, chutada por Washington. Porém, a equipe de Ricardo Gomes errava muitos passes no meio de campo, principalmente com o improdutivo Hugo. Dagoberto também tentava, porém se perdia no último passe.


Quais características que tranformaram Hernanes no melhor jogador brasileiro em 2007? Marcação, boa movimentação, bons passes e chutes a gol de longa distância, principalmente aparecendo como homem surpresa. Hoje, Hernanes continua jogando como segundo volante quando o time está sem a bola, mas faz a função de meia direita quando o time está com a bola, perdendo sua capacidade de elemento supresa. Em toda a partida, ele tentou somente um chute a gol.


No segundo tempo, Borges entrou no lugar de Washington e, com isso, o São Paulo ganhou um jogador "Muricyano": o pivô. Em vez do Borges tentar se deslocar e abrir espaço na marcação, ele joga de costas pra defesa, segurando um marcador para receber a bola e tocar pra alguém arrematar a gol, porém, o melhor chutador (Hernanes) não está concluindo tão bem. Portanto, o pivô não tem funcionado e, por esse mesmo motivo, a média de gols de Borges tem caído consideravelmente, pois atacante deve jogar de frente pro gol. A função de pivô deve ser uma carta na manga, não a principal arma de um goleador como o Borges.


A segunda etapa continuou da mesma forma da primeira, porém o São Paulo errava muito o último passe, facilitando a vida do Atlético/MG. O técnico tricolor ainda tentou o empate, colocando Oscar e Marlos, no lugar de Rodrigo e Hugo, respectivamente, mas as mudanças foram improdutivas.


Parece que o São Paulo abdicou do título brasileiro, pois não demonstra a vontade necessária para isso. Já o novo vice-líder Galo jogou com extrema inteligência, não dando espaços, segurando a bola quando necessário e saindo bem para os contra-ataques. A entrada do Ricardinho melhorou o toque de bola do time e deu a experiência necessária para a consolidação de uma vaga no G4 e a possível conquista do título.


Abraço a todos!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Quando o dinheiro gera regressão


Por favor, leiam o seguinte link:



Até quando o dinheiro vai mandar no futebol brasileiro? Até quando a Globo vai mandar no futebol brasileiro? A fórmula de pontos corridos vem se consolidando a cada ano, trazendo campeonatos mais empolgantes, a partir do momento em que os clubes vão aprendendo a jogar esse tipo de competição. Não serei hipócrita e dizer que não sinto falta de uma grande final, daquela super partida decidida nos minutos finais e todas essas pseudo-vantagens existentes numa disputa por mata-mata. Sim, faz falta! Porém, não é justo premiar um time que ficou um campeonato inteiro balançando no meio da tabela e, num tiro curto, vencer a competição.


Dois torneios importantes já possuem a fórmula de mata-mata: Copa do Brasil e Libertadores.


Nós não precisamos de regressão. A partir do momento em que o Brasileirão transformou-se em campeonato de pontos corridos, demos o primeiro passo à adequação do futebol brasileiro ao que é praticado em grande parte do futebol mundial.


Hoje, graças aos pontos corridos, várias torcidas tem motivos para irem aos estádios. Exceto o Corinthians, todos tem pretensões no Brasileirão, seja ele o título, Libertadores ou, até mesmo, a luta contra o rebaixamento.


Eu li um post do jornalista Paulo Calçade que engloba todas as vantagens do sistema de pontos corridos. Mesmo sem conhecê-lo, peço a devida licença e as devidas desculpas por utilizar seu texto. E, ao mesmo tempo, o agradeço por nos conceder tão brilhantes opiniões:


São inúmeras as vantagens do sistema de pontos corridos:


1- Todos as equipes participantes iniciam e terminam a disputa na mesma data. Vital para a “venda” das propriedades dos clubes, como patrocínios de camisa, calções, placas... É preciso entregar ao comprador um cenário estável no ambiente dos negócios.


2- O sistema atual obriga, força, determina, impõe que os clubes procurem se organizar durante toda a temporada. Faz com que o planejamento se transforme na essência do departamento de futebol. Fundamental para o futebol no país. Com mais clubes nesse caminho, teremos campeonatos melhores. Nivelados por cima.


3- No mata-mata não existe planejamento. Mas funciona bem em outros torneios, como Libertadores, Copa do Brasil e Uefa Champions League. Nunca para um campeonato nacional, que deve ser a base do calendário.


4- No mata-mata é possível chegar a outubro com perspectiva de classificação para a fase decisiva. Aparentemente isso motiva mais o campeonato. Trata-se de um grande engano, pois retarda algumas decisões importantes na montagem das equipes. Induz ao erro, a uma “emocionante” disputa pela oitava vaga, por exemplo. Na classificação atual, até o Cruzeiro estaria brigando por uma vaga, com 35 pontos, na 13ª posição.


5- Quem vendeu jogadores e trabalhou mal na reconstrução da equipe estaria na mesma situação daqueles que fizeram milagres para manter seus jogadores. Competentes e incompetentes no mesmo nível.


6- Quanto pior o cenário, quanto mais bagunçado o campeonato e seus clubes, maior será a dependência do dinheiro da televisão. Clubes sólidos e organizados têm mais condições de discutir a estrutura do futebol brasileiro. Veja o caso do Internacional, que hoje arrecada mais dinheiro com seus sócios do que com a televisão. Esse tipo de instituição não interessa para quem tem o poder.


7- A televisão deve ser cliente do futebol e não sua gestora.


8- Não entre nessa de mata-mata. Até os infindáveis erros de arbitragem serão piores, pois não há chance de recuperação na tabela, diferentemente dos pontos corridos.




Abraço a todos!


OBS: Não tenho nada contra a Rede Globo de Televisão e suas programações. Apenas não concordo com o fato dela querer impor seus interesses comerciais em algo que é de interesse público e que serve de diversão e entretenimento para toda a nação. Se a Rede Globo não achar vantajosa a transmissão dos campeonatos disputados no Brasil, que se retire das licitações realizadas no final de cada contrato de transmissão, e permita assim, que outras redes transmitam nossos campeonatos de futebol.

Altitude 2x1 Brasil - Algumas considerações


Ainda não entendo os motivos pelos quais a FIFA ainda não proibiu jogos na altitude. É visível a dificuldade enfrentada pelos países que precisam subir o morro para enfrentar seleções como a Bolívia, por exemplo. E não falo somente da dificuldade de respirar! O tempo de bola é outro fator que complica a vida de jogadores acostumados a jogar em campos no nível do mar. Se você acha que Júlio César falhou nos gols, pense na mudança de velocidade da bola nas condições encaradas pela Seleção na tarde de ontem.

Devido a esses fatores extra-campo, não devemos analisar individualmente jogadores como Diego Souza, por exemplo. O meia do Palmeiras é o melhor jogador do Campeonato Brasileiro e está na equipe de Dunga por méritos. Por esse motivo, acho que ele deve ter outras chances na seleção, até porque, Kaká ainda não possui um reserva imediato e essa vaga está sendo disputada por Diego Souza, Alex (ex-Inter, atual Spartak Moscou-RUS) e Diego (Juventus-ITA).

Mais uma coisa deve ser ressaltada: a cada dia que passa, Daniel Alves torna-se mais titular no meio-campo do Brasil. Atualmente, ele é o principal responsável pela ligação entre defesa e ataque, ao lado do Kaká. E além de apoiar o time ofensivamente, através de assistência, abrindo espaços e chutando à gol, ele também ajuda na marcação, principalmente do lado direito da defesa brasileira.

Ontem foi um grande exemplo da importância de Daniel Alves. O time brasileiro tinha enormes dificuldades para avançar ao ataque, exatamente porque o lateral do Barcelona não conseguia espaço para fazer a ligação defesa-ataque. As chances surgiram exatamente quando Alves se apresentou e conseguiu fugir da marcação.

Outro fato curioso: o gol brasileiro surgiu na primeira vez em que Maicon subiu para o ataque. Isso só demonstra o quanto o lado direito do Brasil está bem servido, tanto com Maicon quanto com Daniel Alves.

Abraço a todos!

domingo, 11 de outubro de 2009

E a Argentina...


Não é de hoje que a Argentina não tem um padrão tático definido, que tem uma defesa medonha e que depende exclusivamente de Lionel Messi. E o que o Maradona faz para melhorar essa situação? Nada. Pelo contrário! Assistindo ao jogo de ontem, percebi o quanto o time argentino está mal.


Nitidamente, o time peruano entrou em campo querendo no máximo um empate. Jogando com 4 volantes, o Peru só jogava através da ligação direta entre defesa e ataque, o que facilitava a recuperação de bola por parte da Argentina. Mas mesmo com maior posse de bola, a Argentina não conseguiu abrir o placar no primeiro tempo.


Mas no início da 2ª etapa, Higuain abre o placar. E aí começa as lambanças Maradonianas. Mesmo com o time adversário todo atrás, o técnico da Argentina tira o atacante autor do gol e coloca o zagueiro Demichelis. Meu Deus! Jogando em casa, precisando vencer uma partida, com o adversário jogando com 4 volantes, ou seja, abdicando totalmente do ataque, qual o verdadeiro motivo para fechar o time? A resposta é simples: medo. Medo de sofrer o empate e diminuir ainda mais a chance de disputar a Copa.


Mas medo não é sinonimo de covardia. E o Peru entendeu isso.


O time peruano abriu o jogo, criou excelentes chances e aos 43 minutos Rengifo empatou a partida. Merecidamente! Mas um milagre aconteceu...


Palermo empatou a partida aos (pasmem!) 47 minutos da etapa derradeira e reacendeu a fé "Maradoniana" de disputar mais uma Copa do Mundo. Os torcedores agradecem aos céus e Maradona sempre será grato à Palermo.


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Como brasileiro, acharia fantástica a ausência da Argentina na Copa. Mas analisando racionalmente, o evento perderia muito do seu brilho sem Lionel Messi e cia. Imaginem uma Copa do Mundo sem um dos melhores jogadores do mundo na atualidade? Imaginem uma Copa sem a expectativa de assistir um jogo entre Argentina x Itália ou Alemanha ou Holanda ou Brasil ou Inglaterra... Seria um tanto frustrante para os amantes do futebol.


Portanto, na quarta-feira, ficarei feliz independente do final dessa novela argentina. Se o Maradona sorrir, sorrirei com ele. Se ele chorar, continuarei sorrindo!


Abraço a todos!

O que é o Pet???

Que o São Paulo entrou em campo querendo vencer o jogo no contra-ataque, todo mundo percebeu. E todos perceberam que, além de não conseguir tal feito, ainda jogou uma partida apática e medrosa, típica de um time que tem medo do adversário.

Já o Flamengo, entrou em campo afim de jogo. Empurrado por mais de 57 mil rubro-negros, o time esbanjou vontade, garra e um bom sistema tático, que tem funcionado à contento. Álvaro e Maldonado deram a consistência defensiva necessária. Achei muito interessante a liberdade dada ao Juan. Com o lateral Éverton sempre na cobertura, Juan correu pelo campo todo e deu muito trabalho à retaguarda tricolor, principalmente Zé Luis.

Mas o fator de desequilíbrio no jogo foi um jovem "senhor" de 37 anos chamado Petkovic.
Quem são os melhores meia-armadores do Brasileirão/2009? Ao tentar responder essa pergunta, você verá que não houve nenhuma grande revelação nesse setor. A resposta passará por jogadores não tão novos, como Diego Souza (Palmeiras), Andrezinho (Inter) e Souza (Grêmio) e chegará em jogadores veteranos como Marquinhos (Avaí), Ramon (Vitória) e Gilberto (Cruzeiro). Mas Petkovic está fazendo muita diferença!

O meia sérvio tem jogado de uma forma inteligente e alegre. Não, ele não corre o campo inteiro. Ele sabe que, se fizer isso, não vai aguentar jogar os 90 minutos. Mas se desloca com facilidade pra receber a bola, segurá-la, pensar e construir a próxima jogada. Dificilmente erra um passe ou um penâlti... mas ontem ele errou! Não vamos discutir se houve ou não a falta dentro da área, se o Rogério adiantou-se ou não. A discussão gira em torno de Petkovic. E o que ele fez na segunda cobrança é digno de nota. Só grandes jogadores possuem tamanha calma e frieza. Pet está comandando o time do Flamengo com belas assistências e belos gols (ou aquele gol de penâlti, naquelas circunstâncias, não pode ser chamado de golaço?!). O Adriano faz falta? Com certeza! Mas o algo a mais do time rubro-negro não é o Imperador. Ele veste a camisa 43. E, ontem, foi a confirmação disso.

Hoje, Petkovic e Diego Souza são os melhores meias do futebol brasileiro!

E tenho dito!

Abraço a todos!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Brasileirão 2009? Só dois querem!













Realmente eu não sei o que acontece com o São Paulo. Depois de uma vitória épica nos Aflitos, o time somente empata com o bom Coritiba e desperdiça mais uma vitória dentro de casa. Até que o time tentou! Mais uma vez, Ricardo Gomes tirou um zagueiro e colocou um meia ofensivo, o São Paulo pressionou, teve chances de gol, mas... 2x2, em pleno Morumbi.
O São Paulo entrou em campo achando que a vitória estava garantida, que os gols aconteceriam naturalmente e que a perseguição ao líder continuaria. Mas esqueceram de avisar isso ao Coritiba, que não jogou uma grande partida, mas foram competentes nas chances de gol que tiveram.
Eu acho que o elenco acomodou-se... após 3 anos seguidos de glórias, o relaxamento é até natural. O ser-humano é assim! Incoscientemente, o time não possui aquela gana, aquela vontade de vencer o campeonato. E isso fica nítido quando ocorre empates como o de ontem. Empate no Morumbi, só em caso de clássicos! Só! Fora isso, a vitória é OBRIGAÇÃO! Mas isso é pra quem quer levantar o caneco, coisa que o SPFC parece não querer mais esse ano...

Muito contrário de outros dois times: Palmeiras e Atlético/MG.
Depois que o Palmeiras ficou com a cara e com o espírito do seu comandante, dificilmente perde, e mesmo quando isso acontece, vende muito caro a sua derrota. A diretoria bancou a permanência de Pierre e Diego Souza, trouxe Vágner Love e, quando precisou pagar R$100 mil para escalar um jogador (Danilo), não titubeou. A torcida está eufórica, Muricy arrumou o sistema defensivo alvi-verde e, na frente, o Palmeiras talvez tenha os melhores jogadores TITULARES do Brasil. Ressaltei a palavra "titulares", pois não existem reservas a altura de jogadores como o já citado Diego Souza, Cleiton Xavier e Vágner Love. De qualquer forma, é um elenco forte, com um técnico que sabe jogar o sistema de pontos corridos e que tem todo o respaldo da diretoria para conquistar seu quinto título brasileiro. Uma vitória sobre o Avaí só irá confirmar seu atual favoritismo!

Como eu expliquei no post anterior, também vejo o Atlético Mineiro com bons olhos. Pode não ter uma defesa confiável, mas, na prática, possui o melhor meio de campo do futebol brasileiro, o mais arrumado táticamente e o mais entrosado. Fruto do excelente trabalho do injustiçado Celso Roth. Após o vacilo do São Paulo, o Galo tem tudo a seu favor para conquistar a vice-liderança do campeonato. Não perde há um mês e hoje tem pela frente o irregular Botafogo. Mesmo com a ausência do seu ataque titular, o time continua forte ofensivamente com Rentería e Evandro, sendo que este deve jogar um pouco mais recuado, jogando como meia atacante. É o jogo perfeito para consolidar o Galo como candidato sim ao título Brasileiro e dar moral ao elenco para as duas próximas, importantes e dificílimas partidas contra Cruzeiro e São Paulo.

Eu realmente acredito nesses dois times pelos mesmos fatores: as torcidas estão empolgadas, as diretorias investiram, os técnicos souberam dar consistência tática ao time e o elenco QUER as glórias que o título brasileiro oferece!

Muito diferente de outros times...
Abraço a todos!

domingo, 4 de outubro de 2009

E o Galo???

Fonte: www.galoforte.net

É quase uma unanimidade entre os amantes do futebol: "quais os favoritos para a conquista do Brasileirão 2009?" "Inter, São Paulo e Palmeiras." Esses 3 times realmente possuem todas as qualidades para levantar o caneco no fim do ano, mas tem um time comendo muito quieto pelas beiradas e que poucas pessoas levam fé: Atlético Mineiro.

Sempre achei que o ponto forte do Galo eram seus volantes: Jonílson, Serginho e Marcio Araújo. E tanto eram que, quando não estiveram em campo, o Atlético caiu, e muito, de rendimento. Porém, o time de Celso Roth foi um dos poucos, senão o único, que conseguiu sobreviver a janela de transferências com muito mais força do que tinha antes. Ou algum outro clube contratou nomes como Carini, Benitez, Correa, Ricardinho e Renteria? Reparem que a diretoria atleticana contratou uma excelente espinha dorsal de um time de futebol. Um goleiro seguro e experiente, um zagueiro titular da seleção paraguaia, um segundo volante técnico e com raça, que caiu como uma luva no esquema do time, um meia pentacampeão mundial e um atacante forte e goleador.

Junte os novatos com nomes como Carlos Alberto, Junior, Tardelli, Eder Luis e Aranha; uma torcida empolgada, apaixonada e confiante, que, a cada dia que passa, enche o Mineirão e empurra o time; um técnico que cresceu muito nos últimos dois anos e uma diretoria que transmite seriedade, pés no chão e amor pela instituição que administra e você terá um forte candidato ao título do Brasileirão 2009.

Os próximos 3 jogos determinarão o destino do Atlético Mineiro. Botafogo (fora), Cruzeiro (neutro) e São Paulo (fora) serão os times a serem batidos. Caso o Galo vença o Botafogo e seu arqui-rival Cruzeiro, irá com muita força para um jogo de seis pontos contra o atual campeão brasileiro. Eu acredito na conquista de, no mínimo, 7 pontos nessa sequência, o que daria muita força ao elenco alvinegro para, no mínimo, a uma vaga na próxima Libertadores.

O Atlético cresceu no momento certo e o retorno de Serginho vai fazer esse time crescer ainda mais. Com o apoio da massa, pés no chão e uma boa dose de sorte (pois os times da frente precisam perder alguns pontinhos), eu vejo um futuro muito promissor ao grande Clube Atlético Mineiro.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio 2016 - O que vamos comemorar?

Está confirmada a maior festa esportiva do planeta na cidade do Rio de Janeiro, em 2016. Com certeza, hoje haverá muita festa, samba, mulatas, cerveja! Políticos extasiados, com belos discursos sobre o possível sucesso dos Jogos Olímpicos, grandes esportistas exaltando o caloroso público brasileiro, etc, etc, etc. Tudo isso já está tão previsto e ensaiado quanto fogos de festa de fim de ano. Mas eu pergunto, o que vamos comemorar?

Não entrarei em discussões éticas, pois certamente haverá uso indevido de dinheiro público. Também não citarei os possíveis benefícios de uma Olimpíada no Brasil, pois certamente ocorrerá melhorias de vias públicas, transporte, rede hoteleira. Ainda tenho alguma desconfiança em relação à segurança da Cidade Maravilhosa, mas torço muito para que essa festa traga uma momentânea trégua na eterna guerra entre bandidos x policiais / população. Quero expressar minha preocupação com os grandes astros das Olimpíadas 2016: os atletas brasileiros.

Antes de começar esse post, fiz uma breve pesquisa sobre o resultado brasileiro nas últimas 3 Olimpíadas, realizadas em Sydney (2000), Atenas (2004) e Pequim (2008). Para quem não se lembra, deem uma olhada:

SYDNEY (2000) - 52ª colocação
Ouro - 0 Prata - 6 Bronze - 6 TOTAL: 12

ATENAS (2004) - 15ª colocação
Ouro - 5 Prata - 2 Bronze - 3 TOTAL: 10

PEQUIM (2008) - 22ª colocação
Ouro - 3 Prata - 4 Bronze - 8 TOTAL: 15

Foram bons resultados? Definitivamente não. Não foram. Porém devemos aplaudir cada um dos medalhistas brasileiros, pois é latente a falta de estrutura para treinamentos, patrocínios e apoio do governo federal para o esporte olímpico brasileiro. O atual campeão mundial de natação, César Cielo, teve que sair do Brasil para treinar em outro país. Alguém acredita que, se ele ficasse no Brasil aguardando qualquer forma de apoio do governo federal, César teria conquistado tudo o que conquistou nos últimos anos? A minha resposta é não!

Tendo isso em vista, acredito que o dinheiro gasto para a realização das Olimpíadas poderia ser revertido em benefícios aos atletas brasileiros. Ampliação e construção de ginásios e centros de treinamentos, capacitação de equipes técnicas, departamentos médicos, melhoria de materiais esportivos, benefício financeiro para família de atletas carentes, apoio e patrocínio para viagens em época de competições, sejam elas nacionais ou internacionais. Em vez de inúteis visitas diplomáticas, vamos pesquisar a proposta política de incentivo ao esporte dos grandes países campeões olímpicos, como China, EUA, Rússia.

Se as coisas acima fossem realizadas, mantidas e até melhoradas, eu realmente apoiaria uma campanha do tipo "Rio 2028" ou "Rio 2032", pois a possibilidade de aplausos aos atletas brasileiros seria infinitamente maior, devido ao aumento de número de medalhas conquitadas. Mas já que Rio 2016 já está confirmado, cabe a nós brasileiros fiscalizar os gastos públicos para essa festa, tratar bem nossos visitantes, aplaudir efusivamente os poucos brasileiros medalhistas e entregar o restante das medalhas para russos, chineses, americanos, alemães, ingleses...

Abraço a todos!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Náutico 1x2 São Paulo - Algumas considerações

Como não acompanhei o jogo atentamente, até para uma análise melhor, farei apenas algumas considerações:

- É inadmissível mais 2 expulsões recorrentes de reclamações com a arbitragem. Isso tem acontecido com certa frequência, principalmente com 2 jogadores: Washington e Richarlyson. E o pior é que são dois jogadores experientes e que, por esse motivo, deveriam ser mais comedidos em suas insatisfações com a arbitragem. A partir do momento em que as multas, pagas pelos clubes por cada cartão aplicado, sair do bolso dos próprios jogadores, as advertências por
reclamações ao árbitro diminuírão consideravelmente;

- Pelos melhores momentos, posso afirmar que o Bosco fez uma grande partida. Substituiu a altura o titular e capitão Rogério Ceni, defendendo um penâlti e com outras grandes intervenções, passou segurança para o time e para torcida;

- Palmas para Ricardo Gomes! Mesmo com o elenco em desvantagem numérica, colocou o time pra frente, tirando Renato Silva e colocando o Hugo. Sabendo que o empate não seria um bom resultado, não teve medo de perder. Mostrou muita coragem e ousadia, coisas dificilmente vistas com Muricy Ramalho. Poucos técnicos demostram esse tipo de atitude e Ricardo Gomes merece os aplausos por isso.

- Hugo... sempre o considerei um jogador limitado. Geralmente lento e apático, não justificou sua contratação junto ao Grêmio no início de 2008. Porém, devo reconhecer que é um jogador de rara sorte. Mais uma vez, Hugo decidiu uma partida a favor do São Paulo, com um belo chute, após passe do garoto Oscar. Dificilmente ficará no clube em 2010. Não me deixará com nenhuma saudade e sairá como um jogador limitado, lento, apático e... com uma considerável dose de sorte.

- A diretoria do São Paulo multou financeiramente Washington e Hugo por tirarem a camisa na comemoração dos gols contra Corinthians e Náutico, respectivamente. Acho justíssima a punição, pois a simples atitude de tirar a camisa lesa o patrocinador, que tem seu nome "apagado" no momento em que todos os holofotes estão voltados ao autor do gol e, nesse caso, o melhor e maior "garoto propaganda" da empresa naquele exato momento e, também, por render um cartão amarelo, que será pago pelo clube e que ainda pode prejudicar a equipe em jogos posteriores. Que a atitude da diretoria São Paulina seja aplicada em todos os outros clubes Brasil afora!

Abraço a todos!