quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

11 guerreiros, 1 pugilista e um pouco de oxigênio!


Ontem, o Cruzeiro foi até a Bolívia e trouxe um excelente empate em 1x1 contra o fraquíssimo Real Potosí.

Excelente, diga-se, em virtude das condições sobre-humanas enfrentadas pelos brasileiros, pois jogar a mais de 4.000 metros é algo que deveria ser proibido não só pelas federações de futebol, mas pela própria OMS.

A desigualdade física é nítida, principalmente no segundo tempo.

E pra piorar a situação cruzeirense, o jogador mais experiente da equipe esqueceu que estava disputando uma simples partida de futebol e aplicou uma esquerda no jogador boliviano, que deixaria o Popó com inveja!

Péssima atitude de Gilberto! Pior do que desfalcar o Cruzeiro na 2ª partida, foi deixar a equipe com 10 homens durante a maior parte do jogo, num lugar onde oxigênio é disputado a tapas! A equipe teve que correr dobrado para suprir a ausência de seu camisa 10.

Para poupar seus jogadores, Adilson Batista foi, mais uma vez, inteligente: ele possui dois laterais que sobem ao ataque com muita frequência. Devido à altitude, ele prendeu o Diego Renan e não deixou Jonathan começar jogando (também porque ele está voltando de uma lesão no tornozelo), colocando no lugar deste o volante Elicarlos, aumentando o poder de marcação azul celeste.

Com a expulsão de Gilberto, Adilson soltou um pouco mais o Pedro Ken e impediu de vez as subidas de Diego Renan. Óbvio que perdeu a referência no meio campo, mas a superioridade do Cruzeiro é tamanha que, mesmo com um jogador a menos, o time continuou melhor na partida e só perdeu essa superioridade na 2ª etapa, quando a falta de oxigênio foi mais forte que a força de vontade.

Os gols foram retratos de como cada time é superior à sua maneira: o Cruzeiro abriu o placar no início do jogo, quando ainda tinha 11 homens e um pouco de oxigênio, numa boa troca de passes pela esquerda e com a finalização de Wellington Paulista.

O Real Potosí empatou aos 43 do 2º tempo, num cruzamento rasteiro pela direita, que encontrou Correa livre na grande área e uma defesa azul desarrumada pela falta de oxigênio e pela falta de um jogador.

Mas uma coisa é certa: o Real Potosí é um time muito fraco e não fará frente ao Cruzeiro, num Mineirão lotado de torcedores e oxigênio!

Abraço a todos!

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Quando o caro sai barato


O Corinthians anunciou um patrocínio de aproximadamente R$41 milhões junto à empresa Hypermarcas. Ela irá pagar R$28 milhões pelo espaço principal (parte frontal da camisa) e R$13 milhões pelas mangas, axilas e ombros. Ainda correm informações que esse valor pode aumentar com a conquista da Libertadores da América e que a diretoria também está vendendo espaço para estampar outras marcas no calção da equipe.

Deixemos o lado estético de lado...

Vamos analisar outros pontos...

No início do ano passado, o São Paulo bateu o pé, dizendo que só fecharia um contrato de patrocínio pelo valor de R$30 milhões. Não conseguiu. Tanto não conseguiu, que acabou fechando um contrato com a mesma empresa que patrocina o clube há anos, por um valor 40% abaixo do pretendido inicialmente, fazendo isso com certo desespero, pois não podia correr o risco de fechar o ano no vermelho, até porque não houve venda de jogador por um valor significativo.

Aí eu digo um dos motivos pelo qual o São Paulo não conseguiu fechar esse contrato:
Falta de atrações!

Apesar de ter sido tri-campeão brasileiro consecutivo, possuir uma fantástica estrutura física e uma boa base administrativa, há um bom tempo o São Paulo não possui um elemento capaz de atrair mídia, torcida e, consequentemente, grandes patrocínios.

O nome desse elemento?

Craques!

Quando o Corinthians iniciou o projeto para a contratação do Ronaldo, um dos grandes questionamentos era sobre o valor gasto para a manutenção de um jogador desse nível. E a diretoria alvi-negra mostrou que a vinda de um jogador com status internacional é viável exatamente por ser altamente lucrativa.

Um atleta como Ronaldo, gera receitas em vários âmbitos como venda de camisas e acessórios relacionados com o nome do craque, bilheteria, propostas de amistosos internacionais, maior divulgação do nome Corinthians em solos estrangeiros, entre outros

Todos esses benefícios pagam os honorários de Ronaldo. E o resto é lucro para o clube e orgulho para a torcida!

Agora, junte à esse pacote atrativos como a participação da equipe na Libertadores da América (com um time super competitivo), ano de centenário, jogadores como o próprio Ronaldo e Roberto Carlos, uma torcida forte, participativa e fiel e um possível encontro com o Real Madrid e você terá o melhor lugar no território latino-americano para estampar sua marca.

Por tudo isso, a diretoria corinthiana e seu setor de marketing merecem os parabéns pela iniciativa e coragem de trazer alguém "inviável" para a realidade brasileira e, principalmente, por mostrar a outros clubes que o futebol brasileiro possui caminhos para tornar-se rentável, utilizando para isso a importação de craques consagrados e não a exportações de futuras promessas!

Abraço a todos!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Até que enfim!


Mais uma novela chega ao final!

Vágner Love é o novo companheiro de ataque do Imperador Adriano. O contrato de empréstimo com o Flamengo será válido até 31 de julho. E assim, o sonho do ex-atacante alvi-verde será realizado!

Essa transferência foi ótima para o Flamengo (salvo por um provável problema futuro) e "bom" para o Palmeiras.

Como diria Jack, O Estripador... Vamos por partes!

Com a saída de Zé Roberto, o Flamengo não tinha um substituto à altura e a chegada de Vágner Love, não só tampa o buraco que foi deixado pelo Zé, mas também acrescenta algo ao ataque rubro-begro: faro de gol!

De frente pro gol, Love é rápido e finaliza muito bem. Ok, ele não é o craque que muita gente pinta, mas também não é um jogador qualquer. Ele está um pouco acima da média da concorrência. Acredito que seja o atacante perfeito para um ano tão importante e disputado no futebol brasileiro.

O único "porém" dessa transação refere-se à data final do contrato.

Caso o Flamengo alcance a semifinal da Libertadores, Vágner Love não poderá jogar a 2ª partida, que está inicialmente marcada para o dia 4 de agosto. Isso acontece devido à paralisação dos campeonatos para a disputa da Copa do Mundo.

Em 2006, o São Paulo não contou com o atacante Ricardo Oliveira no último jogo da final contra o Internacional, pois seu contrato de empréstimo encerrou-se dias antes da data marcada para essa partida e o Bétis, clube que detinha os direitos de Ricardo Oliveira à época, não aceitou a renovação de contrato.

O Flamengo deve prestar atenção nisso desde já!

Quando digo que foi "bom" para o Palmeiras, o faço por 2 motivos:

1) Vágner Love é um jogador caro para os padrões brasileiros. Segundo o site globoesporte.com, o Palmeiras irá economizar aproximadamente R$4 milhões com a não-permanência de Love no elenco. Então, não existe nenhuma vantagem em manter um jogador caro e que prefere publicamente atuar em outro clube.

2) O estilo de jogo do Vágner Love não é compatível com o esquema tático adotado pelo técnico Muricy Ramalho. Para render em alto nível, Love precisa jogar de frente para o gol e todo time treinado pelo Muricy tem como referência de ataque um jogador fazendo a função de pivô, ou seja, jogando de costas pro gol.

Pra quem não se lembra, Washington, atacante do São Paulo, passou por um período de poucos gols e acabou sendo questionado pela mídia e por grande parte da torcida tricolor. Após a chegada de Ricardo Gomes, o Coração Valente voltou a balançar as redes, simplesmente porque deixou de fazer a função de pivô e começou a jogar da forma que gosta e sabe: de frente para o gol.

Portanto, o Palmeiras livrou-se de um atleta que não se adaptou com o atual esquema utilizado e que, por isso, não rendeu o que foi esperado.

Ao meu ver, Vágner Love foi mal-aproveitado no Palmeiras e vai se dar muito bem com a camisa do atual campeão brasileiro! Andrade é um técnico que mostrou respeito às características dos seus atletas e vai fazer com que Love renda o máximo de seu potencial.

Veja só esse time:

Bruno, Léo Moura, Juan, Alvaro e Ronaldo Angelim; Maldonado, Fernando, Kleberson e Pet; Vágner Love e Adriano

A base campeã de 2009 mantida, com um acréscimo de qualidade chamado Vágner Love!

Eu não gostaria de ver meu time enfrentando esse Flamengo e com o Maracanã lotado...

Ah, gostaria sim!

Numa final de Libertadores... e, possivelmente, sem o Love!
Abre o olho, Mengão!

Abraço a todos!

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Quem é maior?


Há algum tempo, está acontecendo uma inversão de valores no futebol que vem irritando muitos dirigentes, transformando ídolos em traídores e criando algumas novelas, que fazem a alegria dos que trabalham na área esportiva, principalmente no futebol.

O que jogadores como Maxi López, Fernandão, Guiñazu tem em comum?

Todos eles tem um contrato assinado com um respectivo clube e, por motivos pessoais, desejam rescindir esses contratos para vestirem a camisa de um outro time.

Até aí, tudo bem! Todo mundo tem o direito de ir e vir, porém, antes de pensar no seu lado pessoal, deve-se pensar também na instuição que paga seu salário, que dá ótimas condições de trabalho e que fez grande esforço para trazê-lo.

O que o clube ganharia ao liberar esses atletas para outras equipes?

Além de não ganharem absolutamente nada, veriam seus esforços indo por água abaixo, perderiam seus principais atletas e, ainda por cima, reforçariam times adversários.

Por esses motivos, eles fazem o acordo com uma cláusula de rescisão, um valor que deverá ser pago por qualquer uma das partes em caso de quebra de contrato.

Vamos pegar o caso Fernandão como exemplo:

O São Paulo sempre quis contar com esse atleta e ele sempre quis jogar pelo São Paulo. Porém, por motivos familiares, o jogador assinou um contrato de 2 anos com o Goiás, com uma multa rescisória de aproximadamente R$169 milhões.

Mas, alguém me explica uma coisa:

Se o jogador tem vontade de atuar por outro clube, mas, por motivos de força maior, não assinou com o clube desejado, pra que assinar um contrato de DOIS anos com outro time, e, pior, com uma multa altíssima???

Aí, quando chega o final de ano, ele simplesmente resolve que deseja defender outras cores e pensa: "Ah, vou lá conversar com o presidente, jogo na mesa as minhas pretenções e eles me liberam", como se suas vontades estivessem acima do clube, do contrato assinado e de toda uma torcida apaixonada.

Por esses motivos que eu digo que há uma inversão de valores!

O jogador se achando superior a toda uma instituição, a toda uma torcida, a um time que é IMORTAL, querendo passar por cima de algo que ele assinou, como se esse acordo não fosse válido!

E quando eu falo imortal, não falo somente do Goiás! São Paulo, Flamengo, Atlético Mineiro, Corinthians, Náutico, Coritiba, Grêmio, Cruzeiro, etc, etc, etc. Todos são imortais! Todos são maiores que qualquer jogador que passou por ali!

Portanto, o jogador tem que cumprir o contrato que ele assinou e pronto! Se quiser sair, que pague a multa contratual e fique à vontade!

Ou espera o final do acordo!

Abraço a todos!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

E não importa se é coroa...


Existe uma música sertaneja muito antiga que diz: "Panela velha é que faz comida boa". Ah, todo mundo já disse isso pelo menos uma vez na vida, seja no sentido realmente culinário da frase, seja em outras situações mais interessantes da vida.

Mas como esse é um blog que fala sobre futebol, daremos à essa frase tão popular o sentido propício às intenções desse ambiente!

É inegável que o atual campeão brasileiro teve seus melhores momentos através dos pés de Petkovic, um jogador no auge dos seus 37 anos. Mas também não podemos esquecer que o brilhantismo do sérvio foi se apagando no decorrer das partidas (não estou dizendo que ele jogou mal, digo apenas que o rendimento técnico caiu), com certeza em decorrência da parte física, principal vilã dos atletas mais experientes.

E nesse Brasileirão, outras "panelas velhas" também fizeram um belo banquete como Marquinhos (Avaí), Gilberto (Cruzeiro) e o incansável Iarley (ex-Goiás).

Mas a minha pergunta é: será que o sucesso desses jogadores encorajaram outros clubes a apostar na experiência, em vez de dar chances a jogadores mais novos? Será que esses atletas ainda tem lenha física e, principalmente, motivacional para queimar?

Faço essa pergunta devido às contratações feitas por grandes clubes do futebol brasileiro.

O Corinthians é o maior exemplo disso. O time de Parque São Jorge trouxe o penta-campeão Roberto Carlos, o meia Tcheco e o já citado atacante Iarley.

O Cruzeiro renovou o contrato do zagueiro Claudio Caçapa.

Veícula-se que o Avaí está sondando Sávio (ex-Flamengo) e Mineiro (ex-São Paulo).

E o Santos quer apostar novamente no grande jogador do Brasileirão/95, Giovanni, coisa que, por sinal, já foi feita e sem um traço de sucesso...

Essas contratações são sempre um grande risco para o clube, pois o atleta está sempre propício à lesões ou à um baixo rendimento em campo, seja por questões técnicas ou motivacionais. Mas, por outro lado, pode dar certo, gerando grandes frutos, não só em campo (graças à experiência), mas também no setor de marketing, com vendas de camisas e outros acessórios relacionados ao craque.

Imagine, por exemplo, se o Giovanni resolve jogar bola. Todo santista vai querer uma camisa com a 10 nas costas.

E o nome estampado não será somente Pelé!

Abraço a todos!

sábado, 2 de janeiro de 2010

FELIZ 2010!!! E com novidades!


Galera,

antes de qualquer coisa, desejo a todos meus amigos e visitantes desse blog um grandioso ano de 2010, com todas as coisas boas que a vida possa oferecer!!!


Mal começou o ano e já temos uma boa novidade! Fui convidado a colaborar com o Blog Gol de Letras para falar sobre o Clube Atlético Mineiro. E pra essa nova empreitada, consegui convencer meu nobre amigo Wagner Diniz a participar junto comigo, dando suas opiniões e comentários a respeito do Galo!


Espero vê-los lá também!


Abraço a todos!