quinta-feira, 20 de maio de 2010

Carta ao meu pai


Pai,

Ontem eu me surpreendi!

Não foi somente pela vitória do São Paulo, pela expulsão do Kléber ou algo que o valha.

Me surpreendi com você!

Desde que me entendo por gente, você me ensinou e fez tudo que estava ao seu alcance para que eu fosse o sãopaulino apaixonado que sou hoje.

Camisas, jogos, Morumbi lotado... tudo que eu tenho relacionado a futebol, principalmente ao São Paulo Futebol Clube, tem seu toque.

Mas ontem, vi que aquela comparação 51/49 não é válida!

Vi que, dentro de um coração que aprendeu a adorar e respeitar o São Paulo, corre um sangue azul, guerreiro, que se alegra e se entristece com a intensidade de todos que amam um determinado clube.

E ontem, após a expulsão do Kléber (pra você injusta) e o gol do Hernanes, o vi, pela primeira vez, triste por uma vitória do São Paulo.

O nosso São Paulo!

Mas não o culpo por isso!

Ontem, seu silêncio durante o jogo e sua ida ao quarto para acompanhar o também fantástico Santos x Grêmio, mostraram o quanto você é mineiro!

O quanto você sentiu-se sozinho ao lado de dois sãopaulinos que você criou e cuidou com todo carinho do mundo!

Mas a sala ficou pequena...

Era paulista demais, mineira de menos...

Mas sei que, independente do próximo adversário, você voltará a ser Tricolor!

Não do jeito que você é, mas do jeito que me ensinou a ser!

Infelizmente, ontem, a sua tristeza foi a minha alegria...

Mas, amanhã, graças a você, minha alegria voltará a ser nossa!

Érico Barboza

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