
Esse post não será sobre a belíssima e esperada vitória do Cruzeiro, nem sobre a ousadia de Adilson Batista, que chegou a jogar com 4 atacantes, coisa surreal nesses tempos em que futebol arte tornou-se um artigo de luxo.
Esse post será sobre o Gladiador Kléber.
É estranho como o ser humano tem memória curta...
No ano passado, Kléber causou um verdadeiro mal-estar na torcida cruzeirense ao aparecer na festa da principal torcida organizada do Palmeiras. Primeiro por tratar-se de vestir as cores de outra potência do futebol brasileiro com um contrato vigente com o Cruzeiro; segundo pelo fato dessa torcida do Palmeiras ser "aliada" com a principal torcida organizada do Atlético Mineiro.
Depois houve o episódio no Mineirão, onde o Gladiador saiu ovacionado pela torcida palmeirense e retribuiu o carinho recebido, deixando a nação cruzeirense revoltada com as últimas atitudes de seu "ídolo".
Como se já soubesse da falta de memória dos humanos, Kléber saiu de cena para tratar uma lesão e voltou fazendo um gol contra o Santos, gol que acabou tirando "seu" Palmeiras da Libertadores 2010.
Foi o que precisava para que o relacionamento entre Kléber e Cruzeiro começasse a voltar aos eixos.
Eis que em 2010, o Porto faz um proposta por Kléber e o Cruzeiro aceita.
Kléber viaja.
Gravidez da esposa, reprovação nos exames médicos, incompatibilidade financeira...
Surgem várias hipósteses para a volta de quem não foi.
E ele voltou. Nos braços da torcida, como se recebem grandes ídolos como Sorín, Alex e Dida.
Mas aí eu pergunto... Qual o motivo para idolatrar um jogador que, até agora, não deu um título de expressão ao clube e que demonstra um imenso carinho com o Palmeiras?
Ok, ele é um ótimo atacante, que seria titular em QUALQUER equipe do futebol brasileiro hoje, mas isso não o coloca num patamar dos nomes citados acima e de tantos outros ídolos celestes.
Acho um tanto forçado as atuais declarações de amor que Kléber vem fazendo ao Cruzeiro, dizendo que deseja tornar-se ídolo do clube, beijando escudo ao comemorar gol, etc.
O escudo de qualquer clube é sagrado. Deve ser beijado somente por torcedores e por jogadores que possuem um vínculo além do profissional com a camisa, que vão acompanhar e amar o time até o fim de suas vidas.
E, ao meu ver, o Kléber está muito longe de ter essa "autorização" para beijar o escudo do Cruzeiro.
O Gladiador é um craque profissional e racional, que jogará com raça em qualquer clube que jogue, pois é uma característica dele. Então não pensem que ele é raçudo porque joga com a camisa do Cruzeiro.
Raça e bom futebol o faz ídolo? Minha resposta é não!
Ídolo tem um algo a mais.
Tem carisma, identificação com a camisa e sangue com a cor do clube.
E o sangue de Kléber ainda não é azul e branco...
Abraço a todos!
O cruzeirense tem uma memória muito curta, de um dia pro outro o traidor vira ídolo.
ResponderExcluirBeijos amigo, saudades de tu!
:D
Olá, Érico, chegando e aterrissando no seu blog para conhecê-lo. Muito bom, um professor de Português que não quer ser professor e adora falar de futebol. Muito interessante!
ResponderExcluirAbraços
Bom final de semana!