quinta-feira, 22 de outubro de 2009

É Muricy???


Durante 3 anos, os São Paulinos acostumaram-se a gritar "É Muricy!" antes de cada partida. No início, era uma forma de demonstrar apoio ao novo técnico. Mas, com o passar dos tempos e com a queda de rendimento do time, parece que a saudação passou a ser uma espécie de agradecimento aos títulos conquistados.

Mas no Palmeiras a história tende a ser diferente. Apesar de permanecer na liderança do campeonato, a torcida palmeirense viu o time cair muito de produção. Dos últimos 12 pontos disputados, a equipe alvi-verde conseguiu apenas 1. Muito pouco pra um time que pretende ser campeão brasileiro.

Hoje, o Palmeiras tem a cara de seu técnico. Mas pra um time ser "Muricyano" e conseguir se manter competitivo, ele tem que ter peças defensivas um pouco acima da média. Não adianta você querer jogar chamando o adversário para o seu campo e sair no contra-ataque, sendo que sua defesa não inspira confiança. Não dá certo! Muricy Ramalho não tem mais aquele super sistema defensivo com Miranda, André Dias, Alex Silva, Breno, Josué, Mineiro, Richarlyson e Hernanes. Seu melhor marcador (Pierre) está machucado e não venham me falar que Edmilson e Souza vão suprir essa carência, que não vão! A diferença de qualidade na marcação é enorme.

Ontem, o Palmeiras até surpreendeu e entrou no 4-3-1-2, com Clayton Xavier fazendo a função de 2º volante, carregando a bola da intermediaria defensiva para o ataque, enquanto Edmilson e Souza ficavam na marcação na frente da zaga. Com a saída de Clayton Xavier, o Palmeiras perdeu o seu real meia de ligação e, com a entrada de Marquinhos, essa função ficou a cargo de Edmilson, que, apesar de esforçado, não tem a mínima técnica para fazer esse serviço.

Os times de Muricy não tem jogadas de linha de fundo, pois os meias não encostam para fazer a tabela. Por isso que, quando Armero conseguia sair da marcação, o cruzamento saia geralmente da intermediaria, facilitando a vida dos defensores.

Portanto, a única forma de tentar o gol seria através de jogadas individuais de Vágner Love e Diego Souza, que desde o início foram muito bem marcados e que, consequentemente, pouco criaram. E aí, o que sobrou? Chutão pra frente e seja o que Deus quiser!

O Santo André teve o mérito de segurar Armero e Figueroa e concluir em gol 2 das chances criadas. Defendeu-se bem e, quando percebeu que o Palmeiras esboçava alguma reação, tirou Marcelinho Carioca e colocou o volante Fernando para melhorar a marcação.

Enfim, a criatura está com a cara do mestre. Porém, as qualidades da criatura não condizem com a forma de jogo preferida do mestre. Será que, ao final do campeonato, a torcida alvi-verde continuará gritando "É Muricy!"?

Abraço a todos!

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