
Não, eu não precisei assistir toda a partida entre Santos (BRA) x Universidad Autonoma (PAR), pra saber que o time da Vila conseguiu mais uma vitória e, consequentemente, o título da primeira Taça Libertadores de Futebol Feminino. Os dirigentes santistas fizeram uma grande jogada, trazendo grandes jogadoras e montando um super time, mas... e aí?!
A grande maioria do público que acompanhou as Sereias da Vila esperava ver o show de Marta e Cristiane, show que foi demonstrado com muita maestria não só pelas 2 melhores jogadoras do mundo, mas por todo elenco santista. Vitórias como 12x0, 9x0 só comprovam o quanto essas jogadoras estão num patamar infinitamente superior às atletas dos times adversários. Mas, e se Marta e Cristiane não estivessem em campo, haveria o bom público de aproximadamente 15 mil pessoas e transmissão de tv aberta (Band)? Sinceramente, duvido muito...
Marcelo Teixeira, presidente do Santos Futebol Clube, mostrou as possibilidades existentes para a realização de grandes eventos de futebol feminino. Mostrou para o Brasil que, a longo prazo, o futebol feminino pode tornar-se algo importante (coisa que, infelizmente, ainda não o é) e rentável. Parece que o Santos comprou a idéia, mas e a CBF?
Se a CBF e, até mesmo, o Governo Federal (olha Rio-2016!) começassem a levar o futebol feminino a sério, poderiam criar algum tipo de incentivo a clubes formadores de futebol feminino. Incentivos fiscais, condições dignas de treinamento e jogo, baixos valores de ingressos, diminuição de valores de viagens e hospedagem. A diminuição de custos para essa empreitada seria de extrema serventia, pois ninguém faz grandes investimentos em algo sem grandes garantias de lucro.
A criação de um campeonato nacional de futebol feminino, com as partidas sendo disputadas como preliminar da partida principal, ou seja, do campenato masculino, seria uma grande iniciativa. Imaginem um Corinthians x Palmeiras, Cruzeiro x Atlético, Flamengo x Vasco ou um Inter x Grêmio em dose dupla! Com a ajuda da imprensa, principalmente para divulgação de jogos, tabelas, classificação etc. teríamos, a longo prazo, um campeonato de bom nível técnico, capaz de revelar outras grandes jogadoras e de proporcionar emoções, tal qual os campeonatos masculinos.
Apesar de ser algo muito distante, acredito que o apoio e a união das grandes forças políticas e esportivas como CBF, Governo Federal, clubes e imprensa poderia disceminar a prática profissional do futebol feminino no Brasil. Potencial e talento elas possuem! E isso já foi demonstrado em Olimpíadas, Mundiais e, agora, na Libertadores! Nesse momento, basta os poderosos terem boas idéias e colocarem a mão na massa, até porque, daqui uns anos, a Marta aposenta e aí...
Abraço a todos!
É como eu sempre digo: os "poderosos" e a mídia podem mudar a mentalidade das pessoas...
ResponderExcluirBelo texto, Érico!
Abraço!
Belíssimo texto (2)!
ResponderExcluirEssas meninas jogam mais do que muito marmanjo do São Paulo...rsrsrs brincadeirinha...
Beijos
Força ao futebol feminino!
ResponderExcluirBeijo!
Carol